Não havia mais ninguém com vida quando fogo tomou conta de avião
Os 58 passageiros e quatro tripulantes do voo da Voepass que partiu de Cascavel rumo a Guarulhos e caiu em Vinhedo (SP), na última sexta-feira, morreram de politraumatismo de acordo com parecer divulgado nesta segunda (12) pela polícia técnico-científica de São Paulo. Isso significa que todos já estavam mortos quando a aeronave foi tomada pelo fogo, logo após bater no solo, o que soa como certo alívio aos familiares.
"É uma certeza científica. A aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo", disse o diretor do IML de São Paulo, Vladmir Alves dos Reis. "As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo", acrescentou, lembrando quem acidentes como este as vítimas desmaiam antes do avião atingir o solo.
Até o momento, apenas 27 dos 62 corpos foram devidamente identificados e apenas parte deles liberada aos familiares. Segundo o IML paulista, não há previsão sobre o término do trabalho de identificação.
VELÓRIO DE PROFESSOR
Um dos poucos corpos já liberados é o do professor universitário e árbitro internacional de judô Edilson Hobold (foto), cujo velório teve início na noite desta segunda-feira (12), na Nova Igreja Batista da Vila Industrial, em Toledo.
Nascido em Medianeira, também no Oeste do Paraná, Hobold morou por muitos anos em Marechal Cândido Rondon e estava a caminho de Salvador (BA) para arbitrar o Campeonato Brasileiro de Judô. Ele foi o primeiro paranaense a alcançar a mais alta graduação da arbitragem mundial, título conquistado em 2011, na Austrália. (Foto: Reprodução)