Eleição deve retardar análise de denúncia contra Gleisi pelo STF
Oferecida na segunda-feira pela PGR (Procuradoria-Geral da República), a segunda denúncia contra a senadora paranaense Gleisi Hoffmann no âmbito da Operação Lava Jato pode acabar sendo analisada (colhida ou rejeitada) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) apenas às vésperas das eleições de outubro deste ano.
Esse cálculo, feito pela Gazeta do Povo, considera o tempo que o STF levou para analisar a primeira denúncia contra ela, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Naquela primeira situação, a PGR fez a acusação em maio de 2016, mas a denúncia foi acolhida só em setembro do mesmo ano, gerando a abertura de uma ação penal, atualmente em fase final. Gleisi é pré-candidata a deputada federal e, se eleita, permanecerá com foro especial por prerrogativa de função. Caso contrário, os processos contra ela devem "descer" para a primeira instância do Judiciário, onde a Operação Lava Jato, mais precisamente para as mãos do juiz federal Sergio Moro.
Na primeira denúncia, a PGR aponta que a campanha de 2010 da petista teria sido abastecida por R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras. Já na ela é acusada de corrupção ativa e lavagem de dinheiro porque teria recebido ao menos R$ 3 milhões da Odebrecht via caixa 2 para sua campanha eleitoral de 2014 ao Governo do Paraná. Ela, claro, nega tudo. (Fotos: Arquivo)