‘Fábrica de mosquitos’ é nova arma na luta contra a dengue
Foz do Iguaçu acaba de ganhar uma nova e revolucionária arma na luta contra a dengue: uma biofábrica instalada para procriar e liberar no meio ambiente mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia, que impede o vírus da dengue de se desenvolver. O mesmo vale para os vírus da zika e da chikungunya, doenças transmitidas pelo mesmo inseto, mas ainda com poucos casos.
Fruto de parceria do Governo do Paraná, Prefeitura de Foz, Itaipu, Ministério da Saúde, Fiocruz e Instituto WMP, a fábrica recebeu um investimento de pouco mais de R$ 161 milhões em equipamentos e adequações em um espaço com 166 metros quadrados, localizado no Horto Municipal da cidade.
Nela serão produzidos cerca de 1.300 mosquitos por semana para serem liberados no ambiente a fim de se acasalarem com os insetos locais. Eles não são geneticamente modificados e nem são transmissores de outras doenças. O método que está sendo utilizado reduziu em 96% a incidência de casos de dengue na Austrália, onde foi desenvolvido.
O mais recente boletim da Secretaria de Estado da Saúde elevou para 587.701 o número de casos e para 571 o número de óbitos causados pela dengue no Paraná no atual período epidemiológico. (Foto: Sara Cheida/Itaipu)