Cópia do Museu de Paris será construída no Oeste do Paraná
Uma parceria assinada nesta quarta-feira (17) entre Governo do Paraná e Centre Pompidou de Paris foi o primeiro e grande passo concreto rumo à construção, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, do Museu Internacional de Arte do Brasil. Assinaram o acordo o governador Ratinho Junior e o presidente do centro cultural francês, Laurente Le Bon.
A parceria prevê que o projeto do museu seja feito baseado em conceitos definidos pela instituição francesa. O Centre Georges Pompidou de Paris é um dos centros culturais mais importantes e inovadores do mundo. Fruto de um investimento de mais de R$ 200 milhões, a previsão é que a unidade brasileira seja aberta ao público até 2026. A obra será erguida em um terreno cedido pela CCR Aeroportos, que explora o Aeroporto Internacional de Foz.
"Este é um dia muito importante não apenas para a cultura de Foz de Iguaçu ou do Paraná, mas para a cultura brasileira. Não existe hoje um museu como este, fruto de uma parceira como esta, no hemisfério sul. É uma novidade que ultrapassa as fronteiras do Brasil. O circuito cultural de museus movimenta bilhões de dólares, com muitos turistas que anualmente rodam o mundo visitando as principais unidades do mundo. E agora Foz do Iguaçu estará nesta rota", afirmou o governador.
As tratativas para a instalação do museu no Paraná iniciaram em 2020, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e avançaram para o estágio final em maio deste ano, quando o governador e a secretária estadual da Cultura, a cascavelense Luciana Casagrande Pereira, estiveram na sede do museu, em Paris.
De acordo com Luciana, o conceito do novo museu buscará se relacionar com o território onde ele será instalado, funcionando também como espaço de residência técnica para artistas e curadores. "Não será apenas uma unidade feita com base nos conceitos do Centre Pompidou, mas um espaço que também representará o Paraná, o Brasil e a região de tríplice fronteira, valorizando a cultura regional", explicou a secretária.
"Será um museu que vai presar pela pesquisa e reflexão dos artistas, curadores e pesquisadores sobre a importância da arte e a relação dela com a natureza, tudo isso dialogando com obras do acervo do Pompidou", salientou a secretária. "Teremos um resultado muito potente, porque estamos fazendo uma construção coletiva, com o Pompidou nos provocando para algumas reflexões e nossa equipe pesquisando para desenvolver esse conceito", concluiu Luciana.
ARTE UNIVERSAL
De acordo com o presidente do Pompidou, a ideia é que a programação do Museu Internacional de Foz do Iguaçu seja formada por peças de artistas latino-americanos e também da sede do museu em Paris, que conta com uma coleção com importantes nomes de arte moderna e contemporânea universal.
"Uma das questões mais importantes hoje em dia é a relação entre a natureza e a cultura. Nesse sentido, o grande número de visitantes que vai a Foz do Iguaçu terá não só a obra-prima da natureza, que são as Cataratas, mas também um contato com a cultura e a arte contemporânea. A programação no Paraná vai depender do que o Estado demande, com base no que o público vai querer ver", detalhou Laurente Le Bom. (Foto: Gabriel Rosa/AENPR)