Sacrifício político?
J. J. Duran
Existem homens públicos que são homens cívicos por excelência. Se muitas vezes os interesses do povo, da democracia e da Pátria os convocam, se posicionam na primeira fila da tarefa para melhor servir aos seus princípios republicanos.
São aqueles que amam dizer a verdade ao povo acima de tudo. Jamais são dogmáticos, nem mesmo pela violência dos debates, assim como nunca sabem transformá-la em mistificação da demagogia.
Discutem, argumentam, persuadem e conquistam por serem autênticos o tempo todo, não só nos poucos minutos de uma entrevista, e não cedem ao passionalismo, matriz de todos os radicalismos cultivados pelos medíocres e hipócritas.
Abominam a intransigência e a arrogância dos que, vítimas de sua própria egolatria, se blindam aos apelos da razão e, insensíveis à realidade, norteiam-se cegos e determinados pelos esquemas depreciativos de sua filosofia política e pessoal.
Os homens cívicos são estandartes da compreensão, conciliadores e mostras de uma formação humanista e cristã.
Para eles, somar antagonismos, reduzir incompatibilidades e eliminar diferenças constituem um nobre esforço para humanizar a gestão pública e apaziguar o uivar dos chacais famintos de ódio, cobertos de rancor e sedentos de revanchismo.
Esses líderes solitários dentro de um cenário político conturbado e desprestigiado lutam para racionalizar o processo e expurgar aqueles que são uma permanente ameaça ao regime democrático.
Esses homens cívicos vão ao seio do povo para doutriná-lo com suas palavras sinceras e que penetram fundo no coração dos mais humildes.
Esses traços levam sempre à mesma resposta: não existe sacrifício político quando, acima dos acontecimentos, brilha a luz redentora em nossos governantes.
Neste momento em que as cidades brasileiras se preparam para viver mais uma contenda democrática, que Deus ilumine todos os candidatos.
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário de Cascavel e do Paraná