O Pantanal está secando. E não é história de pescador!
Localizado nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e alcançando também parte dos territórios do Paraguai e da Bolívia, o Pantanal não é só um dos maiores biomas existentes no Brasil, mas também um verdadeiro sonho de consumo de incontáveis amantes da pesca residentes no Brasil todo, e particularmente no Paraná.
Pequenas e médias caravanas chegam diariamente a Corumbá e outras cidades, de onde partem para uma encantadora aventura pelos rios da região, especialmente o Rio Paraguai, numa inesquecível imersão pela natureza que também atrai muitas pessoas vindas de bem mais longe, como EUA e países da Europa.
É, mas esse tesouro a cada dia está perdendo mais o seu encanto. Ardendo em chamas por conta das chuvas bem abaixo da média registradas nos últimos anos, o Pantanal vive seu pior momento, a ponto de, a pedido do ICMBio, o Governo Federal ter determinado o envio de equipamentos e 80 homens da Força Nacional para se associarem aos 250 servidores federais e milhares de estaduais e municipais já empenhados no combate ao fogo.
CADA VEZ MAIS SECO
Os incêndios que hoje consumem o remanescente verde ainda existente no Pantanal são consequência direta da intervenção do homem, conforme revelou levantamento divulgado nesta semana pelo MapBiomas Água. Esse estudo mostra que a área alagada do País está diminuindo em ritmo alarmante.
De acordo com o MapBiomas, de 1985 até o ano passado a área alagada do País teve uma redução de nada menos que 30,8%, o equivalente a 6,3 milhões de hectares. E a região mais afetada foi justamente a do Pantanal, cuja superfície coberta por água caiu nada menos que 61% em relação à média histórica por conta justamente da redução da vegetação nativa onde estão as nascentes e cabeceiras dos rios que o abastecem. (Foto: Rafa Neddermeyer/AGBR)