Diretores da Acic e da Unioeste firmaram nesta quarta-feira (26) uma parceria que envolverá cerca de 650 empresas, dos mais diferentes ramos e portes, em um estudo inédito para diagnosticar, encontrar e sugerir soluções a desafios comuns. "Essa aproximação da academia com o setor produtivo é indispensável para fortalecer a geração de riquezas e empregos", destacou o reitor Alexandre de Almeida Webber, que participou do encontro ao lado de diretores de área da universidade.

O vice-presidente para Assuntos de Inovação da Acic, Carlos Guedes, lembrou que tanto associação comercial quanto Unioeste têm, em suas missões, também disseminar a promoção da inovação. "Agora com os recursos que virão, teremos um salto no acesso a informações, por meio da orientação de professores altamente qualificados, a empresas filiadas à entidade". Esse é um trabalho importante, conforme Carlos Guedes, porque consolida a tríplice hélice, envolvendo academia, empresas e poder público. "Essa união estratégica fará bem a Cascavel e à região".

Depois da elaboração de um diagnóstico dos problemas, aqueles considerados comuns serão analisados e então apontadas as melhores soluções para que, além de superá-los, permitir o fortalecimento do negócio. O reitor Alexandre Webber destacou que a Unioeste vai colaborar e vê na parceria uma grande oportunidade de aproximá-la ainda mais da comunidade. "As instituições de ensino precisam estar atentas e se aliar ao desenvolvimento", complementou o diretor do campus de Cascavel, Geyser Rogis Flor Bertolini.

O presidente da Acic, Siro Canabarro, afirmou que a Unioeste, uma das primeiras bandeiras da associação comercial, é um orgulho e um patrimônio de Cascavel e do Oeste. Além de Alexandre e Geyser, também estiveram presentes a diretora da Agência de Inovação Maria Piedade Araújo, a coordenadora do Nupeace e da incubadora Unihub Sandra Mara Stocker Lago, a coordenadora do Programa de Apoio a Ambientes Promotores de Inovação no Paraná, Manoela Silveira, e a diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Elizandra da Silva. Além da Acic, Unioeste, Governo do Paraná e Fundação Araucária, a parceria integra ainda Sicoob Credicapital e PXT.

PORTO SECO

Nesta semana a Acic também reforçou seu compromisso com uma de suas mais antigas bandeiras: a manutenção do Porto Seco, considerado estratégico desde a década de 1990 e que ganha ainda mais importância devido ao seu atual papel diante do crescimento de Cascavel e do Oeste do Paraná. O assunto, com destaque à nova licitação e aumento e melhorias na estrutura na presença de inúmeras autoridades, entre elas o prefeito Leonaldo Paranhos, o presidente da Ferroeste, André Gonçalves, diretores da Receita Federal e empresários.

A chefe da Divisão de Administração Aduaneira do Paraná e Santa Catarina, Juliana Christina Simas de Macedo, e o delegado da Receita Federal de Cascavel, Filisberto Luís Miotto, apresentaram informações que destacam a necessidade do Porto Seco e o seu entorno. Entre os benefícios da estação aduaneira, estão: redução de custos de armazenagem, possibilidades ao interveniente de estar próximo da mercadoria no momento do desembaraço, opção logística (Paraná tem apenas dois portos marítimos), regimes especiais aduaneiros e oportunidade de ampliação da diversidade logística - multimodal.

Juliana e Filisberto também apresentaram dados e projeções. Mais de 80 importadores diferentes utilizaram os serviços do Porto Seco de Cascavel de 2018 para cá. Foram mais de R$ 490,7 milhões em mercadorias com 1.386 operações. Os presentes também receberam informações sobre a nova licitação. A estimativa de demanda para o quinto ano da nova permissão é de 22.193 caminhões, com média de 1.849 caminhões por mês e movimentação de mais de R$ 2 bilhões. (Foto: Divulgação)