A confusão ainda não terminou
O Paraná amanheceu já sob os efeitos da Lei 2.006/2024, que autoriza a terceirização da gestão administrativa e de infraestrutura de 204 escolas da rede estadual de ensino e motivou ações violentas sob convocação e coordenação da APP Sindicato, mas a celeuma em torno do tema ainda não está superada. Ou seja, outros capítulos ainda estão por vir.
Logo após o término da votação, os invasores desocuparam a Assembleia Legislativa deixando para trás danos materiais que levaram à prisão de um casal de supostos professores pilhado pelas câmeras de segurança depredando a Casa. Ficaram os prejuízos, que se repetirão mais e mais vezes se os responsáveis não forem cobrados como manda a lei.
A direção da APP já adiantou que manterá viva esta luta, o que é um direito seu como entidade sindical, mas desde que o faça de forma democrática e sem a truculência que demonstrou nos dois últimos dias em atos não só na Capital do Estado, mas também no interior, como ocorreu na abertura da sessão de ontem (4) da Câmara de Vereadores de Cascavel.
Além disso, os contrários ao programa estão na maior torcida para que o STF (Supremo Tribunal Federal) acate o pedido formulado por nove deputados (os oito da oposição mais Mabel Canto) para intervir no Paraná e impedir que o Governo do Estado coloque a nova lei em prática.
É esperar para ver no que vai dar, mas dificilmente haverá algo novo além de polêmica.
NR: O STF se manifestou no fim da tarde, rejeitando o recurso da oposição ao Governo do Paraná na Assembleia Legislativa. (Foto: Orlando Kissner/Alep)