Principalmente por conta de suas peculiaridades quando o assunto é gastança do dinheiro público, a Universidade do Oeste - com sede em Cascavel e campi em Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão - vira e mexe é objeto de reportagens que em nada a engrandecem.

O jornal Agora Paraná, que circula na Região Metropolitana de Curitiba, publicou ontem texto assinado por Oswaldo Eustáquio com nova denúncia relativa aos supersalários pagos pela instituição, que já foi objeto de amplo debate na imprensa local e regional.

Um levantamento feito pelo jornalista apurou que mais de uma dezena de servidores da Unioeste têm vencimentos mensais superiores ao teto constitucional de pouco mais de R$ 33,7 mil, salário que, em tese, deveria ser recebido apenas pelo presidente da República e pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

O servidor da Universidade com maior salário fatura R$ 39 mil por mês - somente em dezembro passado, somando 13º e outros benefícios, foram depositados em sua conta R$ 86,9 mil. Um trabalhador de salário mínimo levaria sete anos e meio para receber isso tudo.

"Para driblar a lei do teto constitucional, os vencimentos são colocados como salário, benefícios e outros valores. Dessa forma não se aplicam os redutores constitucionais. Assim os servidores pagam apenas o Imposto de Renda retido na fonte", relata a reportagem.