Ainda não foi desta vez que a defesa de Jair Bolsonaro logrou êxito na tentativa de devolver a ele os direitos políticos cassados em março de 2023. Em decisão datada do último fim de semana, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, rejeitou o recurso nesse sentido, mantendo o ex-presidente e também o ex-ministro Braga Netto inelegíveis.

Moraes considerou que as alegações da defesa de Bolsonaro não cabem no tipo de recurso apresentado e negou que tenha havido cerceamento de defesa durante o processo. "Dessa forma, a controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o recurso extraordinário", alegou.

A defesa do ex-presidente quer agora que o caso seja remetido ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas dificilmente logrará algum êxito já que também lá Moraes dá as cartas e joga de mão.

Os oito anos de inelegibilidade passaram a contar ainda em 2022, o que significa que, pela legislação vigente, Bolsonaro e Braga Netto só poderão voltar a ser candidatos a partir de 2030, quando o ex-presidente já terá 75 anos de idade. (Fotos: AGBR)