Privatizar é a solução?
Um debate polêmico o bastante se avizinha na Assembleia Legislativa, que recebe na semana que vem um projeto do Governo do Paraná propondo o repasse a empresas privadas, a partir de 2025, da gestão administrativa e financeira de cerca de 200 colégios estaduais com baixo Ideb e localizados em áreas de maior vulnerabilidade social.
"Trata-se de mais um projeto moderno e inovador, que já está sendo testado em duas escolas desde o ano passado com altos índices de frequência e desempenho dos estudantes, bem como ampla aprovação da comunidade escolar. E é importante ressaltar dois aspectos: a gestão pedagógica continuará inteiramente sob responsabilidade da Secretaria de Educação e a adesão ao novo modelo só ocorrerá mediante aprovação de alunos, pais e professores", garantiu o líder governista na Alep, deputado Hussein Bakri.
Esse anúncio, claro, veio acompanhado de reação imediata da liderança da oposição na Alep. "Educação é investimento, assim como a saúde, a moradia e a segurança. Tenho dó e pena do povo que tem um governador que acha que isso é gasto. Investir em educação é investir no futuro!", protestou o deputado Requião Filho, mesmo admitindo ainda desconhecer o teor do projeto.
Controvérsias à parte, o fato é que esse modelo tem se mostrado bastante eficiente nos colégios Aníbal Khury Neto de Curitiba e Anita Canet de São José dos Pinhais, nos quais a frequência dos alunos e os índices de aprovação subiram para além dos 90% sob a gestão privada. Se isso vai se repetir nos demais, que mal tem? "Se", claro. (Foto: Divulgação Fundepar)