Movimento cobra abertura imediata da Segunda Ponte
Iniciada pelo Governo Federal em 2019, a Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, mais conhecida como Segunda Ponte, cumpriu o cronograma previsto e foi concluída no ano passado, custando R$ 230 milhões. Mas a segunda via sobre o Rio Paraná, estratégica para a economia dos dois países e do Oeste do Paraná, por ora serve apenas para fotografias, pois nenhum veículo passa por ela.
É para superar essa situação que o Codetri (Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu) realiza movimento pela imediata abertura da Ponte da Integração. Isso porque a estrutura migratória no país vizinho ficará pronta no segundo semestre, possibilitando começar o fluxo da via, combinado ao uso da atual aduana que leva à Argentina, no lado brasileiro.
A medida, que deve ser ajustada entre autoridades brasileiras e paraguaias, possibilita a abertura da nova ponte para veículos menores, de turismo e particulares. E permite transferir para ela 60% dos 600 caminhões que atravessam a Ponte Internacional da Amizade diariamente, entre Foz do Iguaçu e Ciudad de Este, que são as carretas em lastre, isto é, vazias.
Formado por quatro conselhos de desenvolvimento da região trinacional, o Codetri já realizou duas visitas técnicas para subsidiar o pleito. O conselho está organizando reuniões nas cidades fronteiriças para receber autoridades e elencar os entraves e as demandas, a fim de apontar medidas concretas para a abertura da ponte internacional.
"Não podemos manter esse sonho de 30 anos sendo adiado", enfatiza o presidente do Codetri, Roni Temp. "Estudamos a proposta de abertura da Ponte da Integração com técnicos, agentes públicos e especialistas em questão aduaneira dos três países. Ela é factível e simples, bastando apenas diálogo entre os nossos governos nacionais", frisa.
Ele recorre a outro dado para argumentar em prol da abertura imediata da Ponte da Integração. Os veículos leves representam 90% da circulação na Ponte da Amizade. "Parte desse fluxo também será canalizado para a nova via. Teremos uma região trinacional mais fluida, com menos tempo na travessia de um país para o outro", conclui Roni Temp.
REGIÃO MAIS FORTE
O dirigente da sociedade civil elenca que a Ponte da Integração abre nova rota de entrada e saída para produtos brasileiros e paraguaios, fomentando o comércio internacional e a economia do agro; amplia o acesso de insumos para transformação nas cooperativas do Oeste; alivia o tráfego pesado na Ponte da Amizade; e dinamiza a circulação de turistas e moradores fronteiriços.
"Estamos falando de desenvolvimento, de geração de emprego e renda para todo o Oeste, para o Brasil e o Paraguai. É aumento do comércio internacional, fomento da logística e do turismo", assevera Roni Temp. "Nossa região será reconfigurada com a abertura dessa via. Por isso, não podemos nem aceitamos mais esperar", enfatiza. (Divulgação Codetri)