A semana está chegando ao fim com uma grande novidade no jogo de xadrez em que se transformou a disputa pela Prefeitura de Curitiba. Uma das principais peças de todos os movimentos feitos no tabuleiro até agora, o ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol desistiu de sua pré-candidatura, apesar de aparecer sempre entre os nomes de maior preferência do eleitorado.

"Depois de muito orar e refletir, sinto que minha missão neste momento vai além de Curitiba e que posso contribuir de modo mais amplo para a renovação política, ajudando a formar e eleger bons candidatos Brasil afora. [...] Não buscamos um cargo, mas uma transformação. O cargo é apenas um possível meio ou instrumento. Servir é sobre fazer a maior e melhor diferença onde ela é mais necessária. É sobre dar a sua melhor contribuição e eu entendo que a minha agora é essa", disse ele em vídeo para justificar a decisão.

Deputado federal mais votado do Estado em 2022, Dallagnol teve sua candidatura cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base em um artigo da Lei da Ficha Limpa, com isso perdeu o direito de manter o mandato. Sua decisão de agora coloca mais uma dúvida sobre sua elegibilidade neste momento, tema sobre o qual há divergência até mesmo entre especialistas em direito eleitoral.

QUEM SOBROU

Com a desistência de Deltan Dallagnol, restaram os seguintes pré-candidatos à sucessão do prefeito Rafael Greca: Andrea Caldas (PSol), Beto Richa (PSDB), Cristina Graeml (PMB), Eduardo Pimentel (PSD), Goura (PDT), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victória (PP) Ney Leprevost (União Brasil), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU).(Foto: Lula Marques/AGBR)