Sem avanço, bancários e Fenaban voltam a negociar semana que vem
Os bancos não apresentaram nova proposta e a sétima rodada de negociação, realizada na sexta-feira (17), em São Paulo, terminou sem avanço. A reunião ocorreu no período da tarde, envolvendo a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Ao final do encontro ficou marcada nova rodada, a oitava, para esta terça-feira (21), a partir das 10 horas, novamente em São Paulo.
Após a reunião com a Fenaban, a comissão teve rodadas de negociação com as direções do Banco do Brasil e da Caixa, mas uma vez mais não houve entendimento e novas conversas foram marcadas para a próxima terça.
"Até agora, a proposta dos bancos apenas repõe o INPC dos últimos 12 meses (estimada em 3,79% de 1º de setembro/2017 a 31 de agosto/2018), sem nada de aumento real. Não abrimos mão de ganho real para os salários. Caso contrário, não restará outro caminho para a categoria que não seja a greve no seu momento oportuno", adverte Gladir Basso, presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato de Cascavel e Região, Gladir Basso, que esteve em São Paulo acompanhado de Carlos Roberto Rodrigues, vice-presidente do Seeb de Maringá, e Gilberto Lopez Leite, presidente do Seeb de Ponta Grossa.
A proposta patronal apresentada dia 7 passado foi rejeitada na mesa pelo comando e pelas assembleias dos bancários por todo País, que, além de aumento real, querem a garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, dentre outras coisas.
LUCROS EXORBITANTES
Pesquisa da consultoria Economatica mostra que, enquanto os demais setores da economia perdem com a crise, os bancos continuam lucrando, e muito. Neste sentido, segundo o levantamento, dos 26 setores avaliados, seis tiveram prejuízo. E o mais lucrativo foi o bancário, que fechou o segundo trimestre de 2018 com R$ 17,6 bilhões contra R$ 15,2 bilhões em 2017, com crescimento de 15,57%. (Foto: Divulgação)