Aplaudido pelos mais chegados, mas criticado por muitos outros pelo seu jeito egoísta de fazer política, Roberto Requião fez escpçjas que levaram seu capital político à míngua em Curitiba. Depois de se frustrar com a ida para o PT, partido pelo qual foi candidato a governador há dois anos, se filiou na semana passada ao Mobiliza (antigo PMN) e se lançou pré-candidato à sucessão do prefeito Rafael Greca.

E no íntimo, ele certamente esperava receber o apoio de seus antigos companheiros do "velho de guerra". Acontece, porém, que o MDB esteve reunido na noite passada e decidiu, por ampla maioria, apoiar a candidatura do atual vice-prefeito curitibano, Eduardo Pimentel, que é do PSD e neto do ex-governador Paulo Pimentel, justamente um dos mais ferrenhos adversários de Requião no passado. É nisso que dá fazer política mirando prioritariamente o próprio umbigo.

De acordo com o presidente do MDB curitibano, Zeca Melo, o apoio a Eduardo Pimentel foi fruto de amplo diálogo e inclui um espaço importante ao partido na futura gestão caso a aliança saia vitoriosa na eleição de outubro próximo. "Temos total confiança de que o MDB será um parceiro de peso na administração municipal", acrescentou o presidente estadual peemedebista, deputado Anibelli Neto.

"A partir de hoje, uma nova história se inicia. Ao lado do MDB vamos assegurar o avanço de Curitiba, mantendo-a como a cidade mais igualitária", assinalou Eduardo Pimentel. (Foto: Divulgação MDB)