Iniciado na segunda-feira (1º) e suspenso horas depois por um pedido de vista do desembargador eleitoral José Rodrigo Sade, o julgamento das duas ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) foi retomado nesta quarta (3), mas avançou muito pouco até ser novamente travado.

O relator Luciano Carrasco Falavinha Souza havia se posicionado favoravelmente a Moro na segunda, mas nesta quarta Sade votou pela cassação e pela perda dos direitos políticos do senador por oito anos. Logo em seguida, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani apresentou um novo pedido de vista e o julgamento só será retomado na próxima segunda-feira (8).

Em seu voto, Sade considerou parcialmente procedentes os processos do PL e da federação encabeçada pelo PT e justificou sua decisão argumentando, entre outras coisas, o uso desmedido das redes sociais na pré-campanha de Moro, inicialmente como pré-candidato a presidente da República, depois a deputado e por fim a senador.

"Para mim não parece possível simplesmente apagar os caminhos que o pré-candidato percorreu quando ainda estava pré-candidato presidencial. Não se apaga o passado. Tentando participar de três eleições diferentes, desequilibrou, Sergio Moro, a seu favor", justificou. (Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado)