O destino de Sergio Moro na política está nas mãos dos sete membros do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), que dão início às 14h desta segunda-feira (1º) ao julgamento das duas ações com pedido de cassação de toda a chapa do senador do União Brasil, protocoladas pelo PL partido, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela federação PT/PCdoB/PV, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E ao que tudo indica será algo demorado, pois o próprio Tribunal reservou também as sessões desta quarta-feira (3) e da próxima segunda-feira (8) para dar uma decisão definitiva sobre o caso, cujo desfecho poderá levar à convocação de eleição extra especificamente para a definição de quem será o sucessor, no Senado, do ex-juiz da Lava Jato.

"Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para cassação do meu mandato. Fui juiz da Lava Jato que veio concorrer em uma eleição altamente polarizada", declarou Moro, que é acusado da prática de abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022, quando concorreu pela vez primeira e obteve nas urnas 1,9 milhão de votos. Por serem de teor similar, as duas ações serão julgadas ao mesmo tempo e já têm parecer favorável da Procuradoria Regional Eleitoral, apesar dos argumentos da defesa do senador.

A sorte de Moro depende do que irão decidir os sete membros do TRE-PR, que são o desembargador relator Luciano Carrasco Falavinha Souza, conhecido pela dureza de suas decisões; a desembargadora Claudia Cristina Cristofani, indicada pelo TRF-4; os juízes de Direito Anderson Ricardo Fogaça e Guilherme Frederico Hernandes Dens, e os advogados Julio Jacob Junior e José Rodrigo Sade, além do desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, atual presidente da Corte.

Você poderá acompanhar o julgamento em tempo real pelo Youtybe do TRE-PR acessando este LINK. (Foto: Pedro França/Ag. Senado)