Relator do registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o vice-presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, fez nesta quinta-feira de manhã uma declaração que certamente não foi do agrado do PT. "Faremos o que é certo", disse ele ao ser questionado sobre o andamento do processo, indicando assim que a candidatura será rejeitada.

Ontem à noite, poucas horas depois de o PT entrar com o pedido de registro da candidatura de Lula, o Ministério Público Eleitoral protocolou uma impugnação argumentando que o ex-presidente não é elegível, de acordo com os critérios da Lei da Ficha Limpa. É esse o processo que Barroso irá relatar. Mas há, ainda, outras três impugnações apresentadas pelos candidatos a deputado federal Alexandre Frota (PSL) e Kim Kataguiri (DEM) e pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL)

As declarações de Barroso foram dadas após a posse do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), como ministro titular do TSE em substituição ao ministro Luiz Fux, que encerrou seu mandato na Justiça Eleitoral.

O TSE é composto por sete ministros titulares, sendo três do STF, dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois membros da advocacia. Fachin já integrava a Justiça Eleitoral como ministro substituto, mas agora se tornou efetivo. (Foto: Arquivo)