ESG é tema intrinsecamente ligado ao cooperativismo
Em 2004 a ONU cunhou o termo ESG, uma sigla em inglês que significa environmental, social and governance e que hoje, 20 anos depois, está sendo bastante falada pelo impacto que as práticas relacionadas a esse conceito causam não somente no meio ambiente, mas também nas ações relacionadas à responsabilidade social e Á governança corporativa.
Quando se fala no tema, cada letra representa um pilar. A letra E (environmental) representa o impacto que uma empresa causa ao meio ambiente, ou seja, questões como poluição, uso de recursos naturais e as consequências para a biodiversidade.
A letra S (social) representa a responsabilidade social e fatores que afetam as pessoas, como funcionários, clientes ou a sociedade em geral.
Já a letra G (governance), diz respeito a governança corporativa, ou seja, está ligada ao fato de uma empresa administrar seus negócios de maneira responsável.
Analisando o cooperativismo e os seus princípios, todas as letras e respectivos significados estão diretamente ligados com esse modelo de negócio, especialmente quando se fala sobre as duas últimas.
Em responsabilidade social, o cooperativismo possui em seu 7º princípio o interesse pela comunidade, com ações que têm início no local, visando causar impactos positivos na comunidade ao seu redor. No Sistema Sicoob existe uma pasta voltada especialmente para essas ações: a UDC (Unidade de Desenvolvimento Cooperativo), que desenvolve atividades para levar o cooperativismo mais longe, através da educação financeira e diversos outros conhecimentos práticos, voltados ao dia a dia.
SICOOB CREDICAPITAL
Especificamente no Sicoob Credicapital, uma atividade realizada através da pasta é o CooperJovem, que reúne a metodologia educacional das escolas participantes, para a realização de um sonho, que é levantado e decidido em grupo. Em 2023, graças a esse programa, a Escola Municipal Gralha Azul, de Quedas do Iguaçu, construiu uma sala de aula para os alunos, pois eles estavam com pouco espaço disponível e fazendo revezamento de aulas no saguão da escola. A sala, que teve custo aproximado de R$ 70 mil, foi levantada através da cooperação de toda a comunidade, que se engajou com a causa e contribuiu para ações para arrecadação de fundos.
ASSOCIADOS, NÃO CLIENTES
Em governança, o cooperativismo também é um grande exemplo. O primeiro a se entender, é que a gestão é democrática. Ou seja, não existem clientes dentro de uma cooperativa, mas sim associados, o mesmo que, os donos do negócio. Isso se coloca em prática através da voz ativa que cada cooperado possui, sendo eles responsáveis por eleger um corpo de Delegados que represente os interesses gerais de todos. Dessa forma, em cada agência existe um número de Delegados, que é definido de acordo com o número de cooperados naquele ponto de atendimento.
Os delegados participam de assembleias e possuem um contato mais próximo com os colaboradores da agência, sendo responsáveis por levar sugestões de melhoria e pedidos e comunicar aos cooperados quais as ações que a cooperativa desenvolve.
Além disso, dentro das cooperativas existe uma atenção especial para a diversidade, que engloba a contratação de pessoas de diferentes etnias, oportunidades para mulheres em cargos de alta gestão, bem como, responsabilidade com os fornecedores que são contratados, buscando prestadores que são igualmente engajados com as causas.
Por fim, as cooperativas também se destacam positivamente por suas práticas perante o meio ambiente, no cuidado com a geração de resíduos, preocupação em contratação de fornecedores que não atuem com práticas poluentes e muito mais. (Foto: Reprodução)