Numa decisão já esperada, mas que certamente não escapará a uma repercussão negativa junto à população paranaense, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa decidiu acatar os votos do relator Matheus Vermelho, que é de Foz do Iguaçu, e arquivar, nesta quarta-feira (6), as três representações disciplinares que estavam em pauta, uma contra o presidente Ademar Traiano e duas contra o deputado petista Renato Freitas.

"Os processos estavam a cargo do relator Mateus Vermelho, que pediu arquivamento em razão de falta de materialidade, da falta de elementos de convicção que pudessem dar continuidade aos processos. Então, essas três representações foram arquivadas aqui no Conselho", justificou ao final da sessão o presidente do Conselho de Ética, deputado Delegado Jacovós.

O processo contra Traiano tinha como autor o próprio Renato Freitas, que acusou o presidente de infringir o Regimento da Casa por cassar sua palavra durante acalorada discussão na sessão plenária do dia 9 de outubro.

Já as duas outras representações contra Freitas foram feitas justamente por Traiano, a primeira por quebra de decoro no mesmo episódio e a segunda por ter dito que ele (Traiano) havia confessado um ato de corrupção ao firmar termo de ajustamento de conduta com o Ministério público. Neste último caso o Conselho de Ética opinou pelo arquivamento sob alegação de que o caso não se referia à atual legislatura.

Ao final da reunião, o deputado Jacovós opinou pela necessidade urgente de alterações no Regimento Interno da Assembleia, sob o argumento de que ele apresenta "várias lacunas e divergências com relação aos prazos e outras questões que precisam ser revistas com urgência". (Foto: Orlando Kissner/Alep)