Cascavel elenca estratégias para conter onda de violência
Mobilizar entidades e a sociedade para pensar formas de melhorar a lei e os critérios da audiência de custódia; mostrar às pessoas que fazer o Boletim de Ocorrências, nas mais diversas situações de crime, é fundamental para a adoção de contramedidas à violência; pedir que a população ceda imagens de suas câmeras de vigilância às autoridades para a reunião de provas que levem à prisão de criminosos; e amadurecer a realização de campanhas para desincentivar a esmola, já que número considerável das pessoas em situação de rua tem passagens pela polícia e usa esse dinheiro, geralmente, para comprar entorpecentes.
Esses foram alguns dos pontos debatidos na manhã desta quarta-feira (6), durante a reunião de diretoria da Acic, por empresários e comandos das polícias Militar e Civil, além de representantes do Conseg. "É preciso entender os gargalos da segurança pública para, de maneira organizada e assertiva, reduzir os índices da violência, que são preocupantes, principalmente em ações contínuas contra o comércio", destaca o presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, Siro Canabarro. Até o último sábado a cidade já havia contabilizado 22 homicídios neste ano.
O comandante do 6º BPM, major Cícero Tenório, informou que o número de homicídios dos primeiros 65 dias de 2024 é elevado - um a mais do que foi registrado nos três primeiros meses de 2023. "Os homicídios e a presença de um grande número de pessoas em situação de rua aumentam a sensação de insegurança", reconheceu Cícero, para dizer que outras modalidades, no entanto, tiveram redução na comparação com igual período do ano passado, como furtos, roubos e roubos de veículos. Entre os desafios, citou ele, estão adotar mais ações de prevenção ao crime e combater a impunidade.
Pela Polícia Civil falou o delegado adjunto Pedro Fontana Ribeiro, que informou que o índice de elucidação de homicídios, em Cascavel, é superior a 70%. Ele falou também da redução do roubo de caminhonetes e lamentou que presos em um dia são, em função dos recursos atualmente disponíveis, devolvidos às ruas no dia seguinte. O presidente do Conseg, Leonardo Gomes, lembrou que a função do órgão é aproximar a sociedade das forças policiais e, juntos, pensar maneiras de conter a criminalidade. Leonardo fez um alerta: a droga é a principal motivadora de outros crimes. (Foto: Divulgação)