A horta pode ser sua aliada no combate à dengue. Saiba como
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil chegou à casa de um milhão de casos e 214 mortes causadas pela dengue apenas nos dois primeiros meses de 2024. Para se ter uma ideia da gravidade desse quadro, ao longo de todo o ano de 2023 foram 1,6 milhão de casos e 1.079 mortes. Em Cascavel, por exemplo, os casos confirmados já beiram 3 mil e há suspeita de um segundo óbito.
Diante desse cenário, torna-se crucial reforçar as medidas de prevenção. E uma estratégia simples e com um aroma agradável envolve o cultivo de plantas aromáticas em casa, que podem ajudar a afastar o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Isso porque o aroma dessas plantas e ervas interfere nos sensores olfativos dos insetos, afastando-os das pessoas. "Os mosquitos são atraídos por substâncias químicas exaladas pelo nosso corpo, como o dióxido de carbono, durante a respiração", explica Giovani Lucas Miranda, professor de Ciências e Biologia do Colégio Positivo. Isso explica a proximidade dos mosquitos com a cabeça humana. "É uma área de intensa eliminação de gás carbônico, substância química que atrai os pernilongos", acrescenta o professor. E, segundo ele, alguns aromas, afastam o mosquito, servindo como repelente e um método eficaz de combate à dengue.
CINCO SUGESTÕES
Plantas como sálvia, manjericão, melissa, citronela e lavanda são reconhecidas pelos óleos essenciais que funcionam como repelentes naturais contra mosquitos e outros insetos. "Compostos como o citronelol, presente na citronela, e o linalol, encontrado na lavanda, afetam os sensores olfativos dos mosquitos, dificultando a capacidade de localizarem humanos para picar. O manjericão contém eugenol, e a sálvia possui tujona e cineol, que podem ter efeitos tóxicos e irritantes nos sensores olfativos dos insetos, desestimulando a permanência deles nas áreas onde essas plantas estão presentes", detalha o especialista. Mesmo não sendo uma solução definitiva, elas contribuem para a redução da presença desses insetos nas áreas habitadas. (Foto: Freepik)