Beira-Mar volta a encontrar terra firme no Presídio de Catanduvas
Já há um bom tempo o Paraná não se notabiliza mais apenas por seu povo trabalhador e por sua força sobretudo no agronegócio, que faz com que contribuía de maneira importante para alimentar não só Brasil, mas o mundo todo. Aqui também virou terra firme para homens fora da lei mantidos distante da sociedade em um esforço hercúleo, mas quase em vão, para garantir uma vida pacífica a quem ganha a vida trabalhando de sol a sol.
Uma demonstração disso pode ser extraída de um vídeo gravado ainda no sábado (2), mas que se tornou público apenas nesta segunda (4), mostrando uma custosa ação da Polícia Federal para trazer Fernandinho Beira-Mar de volta ao Presídio Federal de Catanduvas, um dos cinco existentes no País todo e que, desde a sua construção, tem dado fama (não das melhores, claro) até internacional a esta pacata cidade localizada a pouco mais de 60 km de Cascavel.
As imagens mostram a chegada não só de Beira-Mar, que acumula quase 320 anos de pena de prisão tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios, dentre outros. Com ele, primeiro preso de alta periculosidade a ficar trancado nessa unidade prisional, inaugurada em 2006, outros 22 detentos foram trazidos do Presídio Federal de Mossoró (RN), o mesmo de onde dois detentos considerados de alta periculosidade conseguiram se evadir há vários dias, em uma fuga até agora sem as devidas explicações.
MEDIDA IMPORTANTE
A Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) informou em nota que a transferência desses presos para Catanduvas, feita de forma sigilosa, objetiva "garantir o enfraquecimento das lideranças do crime organizado".
"Ressalta-se que o remanejamento de presos no âmbito do Sistema Penitenciário Federal é medida importante para seu perfeito funcionamento, pois visa impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos de segurança máxima, além de enfraquecer e dificultar vínculos nas regiões onde se encontram as penitenciárias federais", acrescenta a nota. (Foto: Brunno Dantas/TJRJ)