Nova Ferroeste é debatida com comunidades indígenas
Na segunda etapa de um trabalho iniciado ainda em 2022 na Terra Indígena Rio das Cobras, que tem dez aldeias e mais de 3 mil habitantes, agora técnicos contratados pela Nova Ferroeste e representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) estão avaliando os impactos da ampliação do atual traçado em outras quatro comunidades indígenas.
Desta feita estão incluídas as comunidades indígenas Boa Vista (77 moradores Kaingangs), em Nova Laranjeiras; Guasú Guavirá (1.360 moradores Guaranis), em Guaíra; Tupâ Nhe Kretã (36 moradores dos povos Guarani, Kaingang e Xetá), localizada na Serra do Mar, em Morretes; e Pakurity (povo Guarani), em Dourados (MT).
O diagnóstico envolve a organização territorial, política e sociocultural dos lugares e está sendo feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), contratada pelo Governo do Paraná especialmente para esse fim. "Quando entendemos o modo de vida avaliamos os potenciais impactos da Nova Ferroeste no seu cotidiano. A partir disso elaboramos as ações que devem ser feitas para mitigar ou compensar as mudanças", explica o coordneador do trabalho, Valdir Schwengber.
Ao final, a consultoria vai elaborar um estudo com todos os impactos da Nova Ferroeste sobre estas áreas, incluindo uma análise de viabilidade do empreendimento. Esse estudo é parte do licenciamento ambiental junto ao Ibapa para a extensão da atual linha férrea para ligar Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina, num total de 1.567 quilômetros. (Foto: Divulgação)