Doença oriunda da picada do Aedes aegypti e que tem preocupado o Brasil inteiro pela incidência recorde neste início de ano, a doença apresenta diferentes sintomas e é preciso ficar atento a eles todos para enfrentá-la com eficácia.

"Os sintomas mais graves da dengue são vômitos (que impedem que a pessoa se hidrate em casa), dor abdominal, confusão mental, sangramento gengival e pontinhos vermelhos na pele, entre outros", esclarece Flávia Cunha Gomide Capraro, médica infectologista do Hospital Sugisawa.

Dentre todos esses sintomas, ela aponta como mais complicado a desidratação, pois prejudica sobremaneira a recuperação do paciente. "Nesse caso, é preciso que receba soro e acompanhamento médico no hospital", ressalta.

A dengue não tem um tratamento antiviral específico. O que se faz é repouso, muita hidratação e analgésicos para aliviar as dores. No entanto, quando o paciente evolui para um quadro mais grave é preciso correr a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a um hospital.

PREVENÇÃO

A também infectologista Flávia Capraro ressalta que é preciso evitar toda e qualquer água parada. "A fêmea do mosquito Aedes aegypti prolifera seus ovos na água parada. E é pela picada do mosquito que o ser humano é infectado. O uso de repelente também é altamente recomendado", esclarece.

A vacina está disponível na rede particular, porém com a alta procura, já está em falta em muitos locais. E na rede pública está sendo incorporada agora, mas paulatinamente, pois não há no mundo imunizantes suficientes para pronta entrega.

Em cascavel, onde o número de casos triplicou no intervalo de uma semana (de 500 para 1.508), o secretário de Saúde, Miroslau Bailak, insiste na necessidade de a população fazer a sua parte. "Não podemos admitir mais óbitos", alerta ele, referindo-se ao fato de ter sido confirmada ontem (22) a primeira morte, de uma jovem mulher de 29 anos. (Foto: AGBR)