Paraná aumenta aposta na agricultura de baixo carbono
Mobilizar profissionais, entidades do setor e poder público no incentivo e disseminação de práticas ambientalmente sustentáveis no campo será o foco do 2º Congresso Paranaense de Agricultura de Baixo Carbono, que acaba de ser lançado no Show Rural e será realizado de 27 a 29 de agosto próximo, no próprio Parque Tecnológico da Coopavel, em Cascavel, numa promoção conjunta da Areac, FEAPR e Seab.
O Paraná já dispõe de um Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+ Paraná), que estabelece desafios a serem vencidos até 2030, e está apostando cada vez mais alto nessa área.
"São 10 práticas altamente recomendadas para a continuidade do sucesso da nossa agricultura. Como é compromisso, precisamos colocar esforço técnico para cumprir nossa obrigação, já que temos uma das melhores agriculturas do Brasil, e também porque é bom para o negócio", destaca o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara.
De acordo com ele, há uma tendência de a agricultura se voltar ao natural, ao biológico. "A combinação eficiente de várias coisas é que pode potencializar ainda mais o nosso desempenho, a qualidade da produção", ressalta.
METAS
O Plano ABC+ Paraná foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas e elenca desafios a serem vencidos até 2030. Dentre esses compromissos estão a recuperação de 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em quatro mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares.
Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil hectares, enquanto as florestas plantadas deverão ocupar mais 220 mil hectares. O Plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil hectares, além da ampliação em 78,9 milhões de metros cúbicos do Manejo de Resíduos de Produção Animal. O Estado assume, ainda, o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva e aproveitar 78,9 milhões de metros cúbicos de dejetos para a produção de biogás/biometano. (Foto: Gisele Barão/EPR Comunicação)