Por mais mulheres na política
À frente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) desde a semana passada, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson tem como um dos pilares de sua gestão à frente da Corte (2024 e 2025) a implementação de ações com vistas a fomentar uma maior participação da mulher paranaense na política.
E logo de cara deixou essa meta bem evidente colocando a desembargadora Claudia Cristina Cristofani à frente da Ouvidoria da Mulher e criando o Núcleo de Diversidade e Inclusão da Justiça Eleitoral do Paraná, com o objetivo de promover a cidadania e a igualdade de oportunidades. "O Núcleo terá como um de seus pilares o incentivo à participação das mulheres na política", afirmou.
Medidas como essa são bem-vindas a se considerar, dentre outras coisas, que as mulheres representam 51,3% do eleitorado paranaense, mas têm participação pífia no cenário político - na Câmara de Cascavel, por exemplo, elas ocupam apenas duas das 21 cadeiras, com Beth Leal e Professora Liliam (foto).
Já no Estado todo ocupam apenas 11,9% dos mandatos eletivos na atualidade. E quando o balanço se estende para os últimos 40 anos o cenário chama ainda mais atenção, pois dos 1.982 prefeitos e prefeitas eleitos nesse período, apenas 163 (8,2%) eram mulheres. Já no caso do Legislativo municipal, essa proporção foi um pouco melhor, mas ainda assim nada animadora, já que elas abocanharam apenas 12,3% das vagas nas câmaras municipais paranaenses (apenas 2.327 de um total de 18.971).
Atualmente, vale lembrar, as mulheres ocupam apenas nove das 54 vagas na Assembleia Legislativa e quatro das 30 vagas na bancada federal do Paraná. (Foto: Flávio Ulsenheimer/CMC)