Um duplo homicídio no dia 30 de outubro de 2022, data do segundo turno da eleição presidencial, abalou a pequena Cafezal do Sul, cidade de pouco mais de 4 mil habitantes localizada a 30 km de Umuarama. E tudo por questões políticas, de acordo com o inquérito da Polícia Civil.

Na ocasião, indignado com a derrota de Jair Bolsonaro, Erick Hirome Dias, de 32 anos, que havia ingerido bebida alcoólica, teve um ataque de fúria e saiu à rua efetuando disparos em direção a pessoas que comemoravam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, após disparar contra o próprio irmão, ele matou uma mulher de 50 anos, que era funcionária da família, e depois matou um homem de 53 anos.

Erick foi preso logo na manhã seguinte, em Campo Mourão, e julgado nesta semana, no Fórum da Comarca de Iporã, sendo condenado a 51 anos, 7 meses e 15 dias de prisão por dois homicídios  qualificados, porte ilegal de arma de fogo e disparos de arma de fogo.

Em nota, o advogado de defesa Alessandro Dorigon afirmou que Erick "está disposto a cumprir a pena, mas relatou que não atirou em direção às pessoas".

CASO DE FOZ

Já o júri popular do policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, foi remarcado para 4 de abril próximo. O caso ocorreu numa associação onde ocorria a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, no dia 9 de julho do ano passado, e Guaranho, que também ficou ferido, é acusado de homicídio duplamente qualificado. (Foto: Reprodução CNJ)