Agentes da Polícia Federal saíram às ruas nesta segunda-feira, data do primeiro aniversário dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, para dar início à segunda, derradeira e mais importante fase da ação destinada a punir os responsáveis pelo quebra-quebra do patrimônio público nas sedes dos três poderes, em Brasília.

A primeira fase envolveu só os chamados bagrinhos, a maioria pessoas sem real noção da gravidade do que fizeram, e culminou com uma lista com 1.413 denunciados, 248 dos quais participaram ativamente das invasões e depredações do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

Agora, está sendo dado início à responsabilização dos verdadeiros mentores daqueles atos antidemocráticos, que são os financiadores de acampamentos e ônibus para levar os manifestantes à capital federal. E nesta primeira investida da nova fase, de acordo com a própria PF, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão no Paraná (mais  especificamente em Maringá), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal.

Além da busca e apreensão, foi determinado o bloqueio de bens dos investigados para garantir o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público, que já chegaram à casa de  R$ 24 milhões e irão aumentar ainda mais.

A ideia do STF é cobrar cada centavo, para dizer em alto e bom tom que democracia é algo que não aceita desaforo. Vamos ver aonde isso vai dar. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)