PT de olho nos evangélicos
Não escapou ao olhar dos mais atentos o uso de expressões como "glória a Deus" e "graça alcançada" em peças publicitárias recentes do governo federal, especialmente sobre o Bolsa Família e o Novo PAC.
Mas só agora se tornou público que o emprego desses bordões é parte de uma estratégia do PT para conquistar o apoio do segmento evangélico, que foi muito bem tratado por Bolsonaro e apresenta, de acordo com pesquisas de consumo interno do governo, um dos maiores índices de rejeição a Lula.
E além de uma maior aproximação pessoal do atual presidente com esse segmento, a Fundação Perseu Abramo, principal centro de estudos ligado ao PT, já anunciou a criação, para 2024, de um núcleo especializado em temas religiosos.
A ideia é tornar Lula tão simpático quanto Bolsonaro ao segmento evangélico, que abriga quase 50 milhões de fiéis e teve algumas das maiores igrejas umbilicalmente atreladas à campanha pela reeleição do ex-presidente.
É bem provável que isso tenha efeito positivo como estratégia política, mas a fé certamente vai pagar um alto preço - como já vem pagando. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)