O ministro e a agachadinha
Sucesso absoluto dos anos 1990, a música "Boquinha da Garrafa" não só consagrou o grupo É o Tchen e suas belas bailarinas como popularizou de forma definitiva por aqui o funk, originário da periferia dos EUA e dentre todas as danças populares praticadas no Brasil a única a figurar entre as cinco mais sensuais do mundo - as outras são a dança do ventre, a pole dance, o stiletto dance e o zouk.
Descobri isso graças à internet, óbvio, pois sempre fui arredio a todo tipo de bailado, embora na juventude, vez ou outra, até me atrevesse a um mal treinado "dois pra lá, dois pra cá". Mas por que estou estou tratando disso numa coluna política? Mais uma linha e o leitor vai entender.
Fui pesquisar sobre o tema depois de saber que a CCJ (Comissão de Justiça e Cidadania) da Câmara acabou de aprovar projeto tornando 12 de julho o "Dia Nacional do Funk", uma proposição do deputado federal licenciado e atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
"A criação de um dia nacional para celebrar a cultura funk significa a institucionalização de um espaço para que se discutam políticas públicas capazes de atender as demandas das comunidades onde o movimento é mais forte, gera renda e oferece à população uma possibilidade de lazer", argumenta o autor.
Nada contra a dança em si, pois é só mais uma dentre tantas e cada um é livre para fazer suas escolhas, mas vale lembrar que em São Paulo (a terra de Padilha) e no Rio de Janeiro os escabrosos bailes fank há muito são tratados como casos de polícia. e valorizar as baixarias que neles acontecem não é reconhecer coisa alguma que se preze. Fala sério! (Foto: Reprodução internet)