A economia paranaense está mais forte e mais distribuída
A economia do Paraná, que nos primeiros nove meses de 2023 cresceu mais que o dobro da média nacional, se tornou bem mais diversificada e menos concentrada ao longo dos últimos 20 anos, conforme apontam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o relatório, 8 das 12 regiões analisadas aumentaram a sua participação proporcional nos últimos anos. O maior crescimento proporcional no período foi registrado no Noroeste do Estado. Os 86 municípios da região representavam juntos 9% do PIB estadual há 21 anos e alcançaram 11,2% de participação no estudo mais recente, passando de R$ 8 bilhões para R$ 61,6 bilhões.
O Oeste do Paraná, que já era vice-líder na produção de riquezas em nível estadual, cresceu mais um ponto percentual, passando de 12,2% para 13,2%, ou de R$ 10,8 bilhões para R$ 72,6 bilhões. Entre os 45 municípios da região, os que mais cresceram neste intervalo de tempo foram Iracema do Oeste (de 361º para 292º), Entre Rios do Oeste (de 284º para 226º), Itaipulândia (de 190º para 145º) e Formosa do Oeste (de 243º para 199º).
As outras regiões com crescimento acima da média estadual nas últimas duas décadas foram os Campos Gerais, com alta de 0,7% (de 7,3% para 8%), o Sudoeste, com os mesmos 0,7% (de 4,8% para 5,5%), o Centro, que subiu 0,5% (de 2% para 2,5%), o Litoral, com 0,4% a mais (2,6% para 3%), além de alta de 0,1% para o Centro-Oeste (2,6% para 2,7%) e o Norte Pioneiro do Paraná (2% para 2,1%).
Apesar de uma queda de 0,3% da região Norte, Sabáudia e Santo Inácio registraram o maior e o terceiro maior crescimento no ranking estadual¨, respectivamente. Enquanto Sabáudia cresceu 160 posições (de 270º para 110º), Santo Inácio alcançou uma classificação 137 lugares acima (de 279º para 142º).
CIDADES
O estudo também mostra que 14 cidades têm 1% ou mais de participação no PIB paranaense: Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Paranaguá, Guarapuava, Pinhais, Toledo, Campo Largo e Colombo. Em 2002 eram 12.
O estudo também mostra que a Região Rural da Capital Regional de Cascavel, com a menor superfície produtiva entre outras regiões (49.918 km² espalhados em 115 cidades), teve o segundo melhor resultado no valor agregado da produção nacional, atrás apenas da Região Rural da Capital Regional de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), que tem 62.707 km² de área em 202 cidades. (Foto: Jonathan Campos/AENPR)