Se segurando para não cair
Pelo andar da carruagem, mas não a do Papai Noel, Sergio Moro não conseguirá se segurar muito além do Natal no mandato de senador, conquistado com a popularidade adquirida durante a Operação Lava Jato.
O mais novo revés em sua luta ocorreu ontem (14), quando o Ministério Público Federal se manifestou pela acolhida parcial da ação movida contra ele pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva e pelo PL de Jair Bolsonaro, que o acusam de abuso de poder econômico praticado ainda antes do início da campanha eleitoral de 2022.
Protocolado já tarde da noite (por volta das 22h), o parecer dos procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado acata a alegação dos dois partidos e fala em "consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de senador da República e decretação da inelegibilidade" não só de Moro, mas também de seu suplente, o advogado Luiz Felipe Cunha.
Na condição de réu e não mais como juiz que virou celebridade, Moro nega tudo, mas o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) já admite levá-lo a julgamento no dia 22 de janeiro, ou seja, antes do fim do recesso parlamentar.
Vale lembrar que se Moro for efetivamente cassado, uma eleição atemporal deverá ser realizada para a escolha de seu sucessor. (Foto: Lula Marques/Agência PT)