Juiz reconhece propina, mas absolve Zé Dirceu e mais três
Apesar de reconhecer que o caso em julgamento tinha o "objetivo de encobrir o pagamento de propina em favor do grupo político encabeçado por José Dirceu", num valor que teria chegado a R$ 2,4 milhões, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Fábio Nunes de Martino, absolveu o ex-ministro da Casa Civil no processo em que ele era acusado de lavagem de dinheiro em contratos com as empreiteiras Engevix e UTC.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Zé Dirceu, e os ex-executivos das empreiteiras Walmir Pinheiro Santana e Gerson de Melo Almada também foram absolvidos, permanecendo como réu no processo apenas o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Na decisão, o juiz mencionou a existência de indícios de corrupção, mas alegou que não poderia condenar o ex-ministro, seu irmão e os dois empresários porque o Ministério Público Federal não apresentou as provas necessárias.
"Meu pai finalmente foi inocentado em ação da Lava Jato, provando que o caminho pode ser árduo, pode demorar, mas a verdade sempre prevalece! Tenho um orgulho imenso da história que meu pai representa para o PT e para a esquerda brasileira e mundial. A sua capacidade intelectual e leitura política incomum, sua coragem e força para mudar as coisas me inspiram grandemente", declarou o deputado Zeca Dirceu ao tomar conhecimento da sentença. (Foto: Arquivo AGBR)