Oeste no comando da Alep?
"É imperioso destacar que, além do dever de probidade inerente a todos os agentes públicos, subsiste o dever de emanar uma imagem irretocável de integridade. A mera sugestão de comprometimento dessa integridade é suficiente para abalar as estruturas de qualquer agente político. Em circunstâncias tais, impõe-se a renúncia de cargos de liderança e representação".
Esse trecho é parte do teor de um pedido formal da OAB do Paraná para que o deputado Ademar Traiano se afaste da presidência da Assembleia Legislativa do Estado diante da revelação de um fato ocorrido ainda em 2015, em que ele e o então primeiro secretário Plauro Miró confessaram terem recebido vantagem de R$ 200 mil para renovar o contrato de produção de conteúdo para a TV Assembleia, conforme delação premiada feita com o Ministério Público pelo empresário Vicente Malucelli.
A iniciativa se fundamenta, segundo a própria Ordem, na revelação de que ele "firmou no ano passado um acordo de não persecução penal relativo a caso de corrupção relacionado ao cargo que ocupa, abalando significativamente o prestígio dessa Casa de Leis, o que demanda ações concretas e efetivas para o restabelecimento da dignidade do Poder Legislativo paranaense".
E se Traiano efetivamente renunciar, ou for afastado, a presidência efetiva da Assembleia Legislativa será, pela vez primeira, ocupada por um representante da Região Oeste até o final da atual legislatura. É que o atual primeiro vice é o deputado Marcel Micheletto (foto), de Assis Chateaubriand. (Foto: Divulgação Alep)