Fontes ligadas ao setor atribuíram às exigências excessivas do edital, considerado por elas inexequível, o fato de nenhuma empresa do País ter apresentado proposta para executar o serviço de transporte coletivo urbano de Cascavel. A licitação, adiada por várias vezes, deveria ter ocorrido finalmente na manhã desta quarta-feira (6), mas terminou deserta.

Agora a Transitar, autarquia criada para administrar o serviço, terá que elaborar um novo edital, o que demandará mais um bom tempo, e marcar uma nova licitação. O valor estimado supera a casa de R$ 1 bilhão por um contrato de 15 anos, mas que poderá ser alongado em outros dez anos.

As empresas Capital do Oeste e Pioneira, que operam o sistema atualmente, emitiram nota conjunta esclarecendo que, embora tenham interesse em participar da licitação, "submeteram o edital à análise de suas equipes técnicas, as quais identificaram inconsistências que comprometem princípios básicos das contratações pública, como transparência e equilíbrio econômico financeiro", bem como que apresentaram pedidos de esclarecimentos e impugnação à Comissão de Licitação, mas que suas considerações "não foram analisadas de forma pormenorizada". (Foto: Reprodução)