Requerimento do deputado federal paranaense Luiz Carlos Hauly encaminhado ao Ministério dos Transportes pede informações pormenorizadas sobre os motivos do atraso na liberação da nova ponte Brasil-Paraguai, também chamada de 2ª ponte ou a Ponte da Integração. A obra em si está concluída faz tempo, mas não ainda não pode ser usada por falta da conclusão dos acessos de ambos os lados: Foz do Iguaçu e Presidente Franco.

No requerimento, o parlamentar pede explicações sobre o prazo contratual de conclusão das vias de acesso para que a ponte possa ser utilizada, quais as razões técnicas e operacionais que justificam o descasamento entre a conclusão da ponte e dos acessos, a fundamentação para o aumento do valor original da obra, de cerca de R$ 104 milhões de reais, e o reajuste decorrente dos aditivos do contrato desde a sua assinatura, em 2019, totalizando o valor de R$ 252 milhões até o momento, além de um prazo para entrega e se foi aberta alguma investigação para apurar as responsabilidades.

Para Hauly, o Ministério dos Transportes precisa explicar o porquê disso tudo - a obra do lado brasileiro mal chegou aos 25%. "É de suma importância a prestação destas informações, para que esta Casa Legislativa acompanhe esta questão, bem como o a lisura e o cumprimento dos prazos de entrega de obras públicas", justificou. Vale lembrar que quem paga a conta é a Itaipu, mas quem administra a obra é o DER-PR.

ENTREGA ADIADA

Na verdade, os governos do Brasil e do Paraguai haviam acertado a data de 12 de dezembro para a inauguração da ponte, que até ganhou um moderno sistema de iluminação com as cores das bandeiras dos dois países. Mas o ato foi suspenso 48 horas antes disso com a explicação nada convincente de que a previsão era de muita chuva na tríplice fronteira nessa data. E, de fato, caíram apenas alguns pingos, o que deu margem a várias conjecturas, inclusive relacionadas ao clima de tensão política que enfrentava o Brasil na época. (Foto: DER-PR)