Internet também dá processo
Essa informação é relevante principalmente aos comentaristas mais afoitos, que costumam usar as redes sociais para espinafrar os outros sem a preocupação de mensurar as palavras.
Whatsapp, Facebook, Instagram e afins foram as fontes nas quais a Polícia Federal colheu a maioria absoluta das provas que estão sendo usadas para condenar aqueles que, no dia 8 de janeiro, invadiram as sedes do Governo, do Congresso e do Supremo e arrebentaram tudo que encontraram pela frente achando que estavam fazendo um mero exercício democrático.
Mas saibam que o uso dessas redes para impor o cumprimento das leis vigentes já se espraiou para os rincões mais distantes de Brasília e está gerando dores de cabeça a muitos incautos.
Uma demonstração disso é que a 5ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, aqui no Oeste do Paraná, vem de oferecer denúncia contra um jovem de 22 anos pelos crimes de incitação ao racismo e veiculação de símbolos nazistas na internet.
O acusado, que errou duplamente já que deveria saber o que estava fazendo por ser acadêmico de Direito, compartilhou em suas redes sociais mensagens ofensivas às pessoas negras e enaltecendo práticas deploráveis que caracterizaram a passagem trágica de Adolf Hitler pelo poder.
Além de prints das postagens, os autos da denúncia incluem material ofensivo que foi encontrado no tablet, no notebook e no celular do denunciado e recolhido em busca e apreensão feita em junho deste ano.
Por seu atrevimento nada responsável, o dito cujo já está registrando um peso cento e poucas gramas maior sempre que sobe na balança por conta do uso de tornozeleira eletrônica e proibido de usar as redes sociais.
Isso só para começo de conversa, pois ele certamente terá outros e talvez mais sérios incômodos até que essa história chegue ao fim. (Foto: Schutterstock)