Empresariado cobra rigor contra indústria do atestado
A recente denúncia de uma médica de Cascavel, que denunciou à polícia o uso indevido de seu nome e registro profissional em atestados médicos falsificados, foi debatida durante a reunião de diretoria da Acic. A entidade considera a denúncia extremamente grave, pois sinaliza para a existência de uma espécie de indústria de atestados falsos na cidade, e pede providências rápidas e rigorosas das autoridades e do CRM (Conselho Regional de Medicina).
Durante a reunião, diretores da associação concordaram que a falsificação de atestados médicos como estratégica de alguns trabalhadores para faltar ao emprego e não ter o dia descontado, é uma medida que precisa ser exemplarmente punida.
"A falsificação do documento prejudica o médico, a empresa e a economia. Por isso, essa prática precisa ser investigada e, no caso de serem descobertos os autores e cúmplices dessas falsificações que, então, sejam devidamente punidos", diz o presidente da entidade, Siro Canabarro.
"Pelo que podemos perceber, em conversa com empresários dos mais diferentes setores produtivos, e também com médicos, é que existe uma quadrilha especializada na falsificação e comércio desse documento. Medidas precisam ser adotadas e com rapidez, porque as consequências dessa atitude, em crescimento e afetando inúmeras empresas, gera enorme perda financeira à economia local", acrescentou.
QR Code
Uma das sugestões na tentativa de combater o problema está na adoção do QR Code na emissão do atestado, tornando a prática mais segura e conectada a novas tecnologias. "Não há dúvidas que essa é uma alternativa interessante, que combate essa situação e ainda moderniza a atividade", ressaltou Canabarro. A falsificação de documentos é crime e o autor está sujeito, inclusive, à pena de prisão. A cumplicidade do funcionário, desde que comprovada, também pode acarretar sérios transtornos a esse profissional. (Foto: Divulgação Acic)