Desemprego cai mais um pouco, chegando aos 7,7%
A queda na taxa de desemprego no Brasil teve nova redução, recuando de 8% no segundo trimestre para 7,7% no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a Agência Brasil, o IBGE atribui tal fenômeno principalmente ao recuo registrado em São Paulo, de 7,8% para 7,1% no período, o menor índice desde o início de 2015. No País todo foram criados 2,2 milhões de novos empregos formais.
"A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte das unidades da Federação mostra tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por causa da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional", explica a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.
Além de São Paulo, apresentaram queda significativa na taxa de desemprego os estados do Maranhão (de 8,8% para 6,7%) e Acre (de 9,3% para 6,2%). Em 23 unidades da Federação, a taxa manteve-se estatisticamente estável. Apenas em Roraima houve crescimento da taxa de desemprego, ao passar de 5,1% para 7,6%.
No terceiro trimestre deste ano, as maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (13,3%), em Pernambuco (13,2%) e no Amapá (12,6%). As menores taxas ficaram com os estados de Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
Na comparação por sexo, a taxa de desocupação no terceiro trimestre foi de 6,4% para os homens e de 9,3% para as mulheres. Em relação à cor ou raça, a taxa entre os brancos ficou em 5,9%, enquanto entre os pretos o indicador foi de 9,6% e entre os pardos, de 8,9%.
Considerando-se o nível de instrução, a maior taxa de desocupação ficou entre as pessoas com ensino médio incompleto (13,5%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,5%).
No entanto, a desigualdade no emprego formal ainda é grande. Os estados do Sul e Sudeste concentram os maiores percentuais de empregados com carteira assinada, com Santa Catarina (87,8%), Rio Grande do Sul (82,7%) e Paraná (80,9%) liderando o ranking.
PARANÁ
Com uma nova redução na taxa de desocupação, que chegou a 4,6% no terceiro trimestre de 2023, o Paraná também atingiu o menor índice de desemprego dos últimos nove anos. A taxa recuou 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (4,9%) e 0,7 ponto percentual ante o terceiro trimestre do ano passado (5,3%). É a terceira queda seguida de 2023.
Com esse resultado, o Paraná está entre os cinco estados com menor índice de desemprego do País, atrás apenas de Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%), Santa Catarina (3,6%) e Mato Grosso do Sul (4%). (Foto: Agência Cbic)