Greve afeta o atendimento na rede municipal de saúde
A espera por atendimento médico na rede municipal de saúde de Cascavel ficou ainda maior nesta terça-feira (21), por conta da paralisação de boa parte dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que integram os quadros da Prefeitura. Apenas parte da categoria segue atendendo nas Upas, UBSs e USFs.
Um número expressivo de profissionais amanheceu em frente ao prédio da administração municipal com uma grande faixa pedindo o pagamento do piso da categoria, cuja defasagem estaria próxima dos 70%.
A Prefeitura se posicionou por meio de nota oficial na qual "reconhece o direito dos profissionais que atuam no Município a cobrarem pelo piso da enfermagem e também endossa essa exigência da classe", mas ressalta que "a responsabilidade desse pagamento é do governo federal, que ainda não repassou ao Município os recursos para complementar a folha".
Ainda de acordo com a nota, a saúde pública de Cascavel conta atualmente com mais de 770 enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem, mas "cerca de 480 recebem o piso, inclusive até acima do preconizado".
A administração Paranhos diz que tem cobrado sistematicamente o governo federal sobre esses repasses, uma vez que devido ao aumento de contratações na área o governo municipal chegou ao limite prudencial e ainda vive um cenário de queda na arrecadação.
"Dessa forma, o governo municipal destaca que o movimento de greve anunciado para esta terça-feira (21) em manifestação contra o Município não é legítimo, uma vez que o governo de Cascavel não tem pendências com a classe, mas, sim, o governo federal", ressalta a nota.