Bolsonarista preso por atos do 8 de janeiro morre na Papuda
Clériston Pereira Cunha, 45 anos, conhecido como "Clezão" e irmão de Cristiano Pereira da Cunha, vereador na cidade baiana de Feira da Mata, morreu nesta segunda-feira (20) no presídio da Papuda, onde estava recolhido desde que foi detido sob acusação de participar das manifestações de 8 de janeiro, em Brasília, que levaram à depredação das sedes dos três poderes.
Ele estava no pátio quando passou mal, por volta de 10h, o Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou minutos depois com duas viaturas para prestar atendimento, mas às 10h48 a morte foi declarada depois de várias tentativas de reanimação terem fracassado.
De acordo com a advogada Tanielly Telles de Camargo, Clériston tinha comorbidades atestadas em laudos médicos que ensejaram um parecer favorável à revogação de sua prisão mediante medidas cautelares, mas sua soltura foi negada pelo ministro Alexandre de Moraes.
"O requerente possui a sua saúde debilitada em razão da Covid 19, que lhe deixou sequelas gravíssimas, especificamente quanto ao sistema cardíaco, conforme laudo médico anexo. Esse fato deve ser entendido como uma situação elencada no art. 318, II, do CPP: "Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: II - extremamente debilitado por motivo de doença grave", escreveu a defesa em uma das três petições encaminhadas ao STF. (Foto: Reprodução)