Engenheiros e arquitetos somam forças por valorização profissional
A precificação dos serviços como ferramenta de valorização profissional mobilizou duas das entidades mais representativas do setor da construção civil de Cascavel, a Aeac (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel) e o NAU/Acic (Núcleo de Arquitetura e Urbanismo), em um debate que reuniu mais de 40 arquitetos urbanistas e engenheiros civis.
Conduzido pela arquiteta urbanista Larissa Cogo Rover, atual presidente da Aeac, o encontro serviu como primeiro passo rumo a mudanças e definições importantes em torno das profissões. "Foi surpreendente, a começar pelo número de inscritos. Antes de iniciar o debate, fizemos alguns questionamentos para sentir se todos falavam a mesma língua, como pontos envolvendo a entrega dos projetos e as formas em que realizam as cobranças", descreve Larissa. "Fazendo um resgate histórico, percebemos que essa preocupação se perdeu ao longo dos anos".
Durante a conversa, foi apresentado o percentual de 5% em relação ao valor do CUB (Custo Unitário Básico) e um padrão de entrega, que será mostrado também a outros profissionais para que todos adotem a mesma metodologia de cobrança. "O debate serviu para criar uma base de valor a ser cobrado e não o valor que todos os arquitetos e engenheiros devem cobrar para o projeto arquitetônico", destaca a presidente da Aeac.
Para a coordenadora do NAU/Acic, Bárbara Schmoeller, esse primeiro debate serviu para mostrar aos profissionais a valorização que precisa ser colocada em prática a partir de agora. "Temos buscado isso há anos e é de suma importância ter uma base, um mínimo de valor, tanto para quem está saindo da faculdade como para os profissionais com mais tempo de atuação no mercado".
A questão envolvendo o percentual de 5% do CUB surgiu de uma sugestão apresentada pelo arquiteto urbanista Ismael Valerio da Silva Junior e foi ratificada pelos demais participantes do debate. "A ideia é criar uma padronização de mercado, até para tornar mais didática a explicação para o cliente sobre os custos do projeto", aponta. "Com base nisso, existe um parâmetro que o Sinduscon Oeste usa que é o CUB da execução da obra". Com esse entendimento, a proposta é a de fixar uma porcentagem em cima desse CUB para poder realizar a precificação do projeto. (Foto: Divulgação)