Bancários rejeitam proposta dos banqueiros e ensaiam nova greve
Reunidos em assembleia geral extraordinária na noite de ontem, no auditório do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, a categoria ratificou a decisão manifestada já na mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em São Paulo, no último dia 7, durante a sexta rodada, e rejeitou a contraproposta patronal. Por conta disso, uma nova paralisação nacional não está descartada.
A oferta dos bancos cobre apenas a inflação medida pelo INPC para salários, pisos e demais verbas. "A categoria está reivindicando, além do INPC, aumento real de 5%. E vamos insistir nesse ganho real na próxima rodada de negociação, a sétima, marcada para dia 17 de agosto (sexta-feira da próxima semana)", frisou Gladir Basso, que conduziu a assembleia e que vem participando de todas as rodadas de negociação com a Fenaban.
"Sabemos que, mesmo diante das sucessivas crises econômicas enfrentadas pelo País, que atualmente provoca mais de 12 milhões de desempregos, os bancos continuam obtendo lucros recordes e promovendo demissões. Por isso, é inaceitável essa proposta patronal, que não assegura os empregos dos bancários, não oferece nada de aumento real e não dá resposta a outras reivindicações", ressaltou.
Ainda segundo ele, a contraproposta apresentada pela Fenaban dia 7 não contempla outras reivindicações importantes, como a não substituição de bancários por terceirizados, a não adoção das novas formas de contratação previstas na reforma trabalhista e o combate às metas abusivas que adoecem grande número de bancários.
"Nós do comando nacional, juntamente com a categoria unida e mobilizada, dos bancos públicos e privados, vamos firmes e fortes para a rodada do dia 17, para obtermos a garantia das reivindicações mais importantes para os bancários", concluiu Gladir. (Foto: Jaime Scussiatto)