Oriovisto: sem déficit, Brasil teria juros de 4% a 5% ao ano
Em discurso da tribuna do Senado, o paranaense Oriovisto Guimarães alertou para a necessidade de os políticos brasileiros deixarem de lado o que definiu como "aversão aos números" e procurarem entender melhor os dados e estatísticas para contribuir melhor com o País.
Ele usou como exemplo o déficit da Previdência Social no ano passado, que atingiu R$ 270 bilhões, representando quase 2,6% do PIB. Se esse déficit não existisse, observou Oriovisto, impactaria positivamente os investimentos estrangeiros e reduziria as taxas de juros.
"Se o governo tivesse superávit primário e inspirasse confiança no mercado, nas pessoas que investem, nos estrangeiros que trazem dinheiro para cá, que deixasse claro que ele é um governo solúvel, que ele vai pagar a dívida que faz, os juros cairiam para coisa de 4%, 5% ao ano e os números de crescimento do PIB se multiplicariam. As coisas conversam entre si, uma coisa leva a outra", explicou.
Oriovisto alertou ainda sobre o projeto prorrogando até 2027 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, que segundo ele, não estão entre os que mais empregam. "Um déficit que já é de R$ 270 bilhões vai aumentar muito com essas desonerações. Vai aumentar…", arrematou. (Foto: Waldemir Barreto/Ag.Senado)