Os olhares de desconfiança sobre a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) ficarão ainda maiores a partir de 13 de setembro próximo, quando o ministro Dias Toffoli assumirá a presidência da Corte em substituição à ministra Cármen Lúcia e nela permanecerá pelos próximos dois anos.

A eleição foi realizada nesta quarta-feira e ocorreu de maneira simbólica, pois ele já tinha esse direito previsto no Regimento Interno por ser o atual vice-presidente.

Apenas para refrescar a memória, Toffoli foi quem propôs a polêmica libertação de José Dirceu, consumada pela 2ª Turma com os votos também de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Dirceu foi ministro da Casa Civil do Governo Lula até 2005, quando deixou o cargo após ser acusado por Roberto Jefferson de ser o mentor do Escândalo do Mensalão, e recuperou a liberdade mesmo estando condenado a 30 anos e 9 meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

NOMEADO POR LULA

Um dos mais jovens do STF, Dias Toffoli foi nomeado para a Corte em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes ele já havia sido advogado-geral da União e também das campanhas eleitorais do PT. (Foto: Nelson Jr/STF)