Foz já é a maior economia da região Oeste, garante Bobato
O resultado de um estudo do Observatório Social apresentado à diretoria da Acifi (Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu) foi repelido pelo secretário de Transparência e Governança da cidade das Cataratas, Nilson Bobato. De acordo com ele, não procede a informação de que Foz ocupa a 90ª posição em desenvolvimento no Estado, apesar de ser a sétima em população.
De acordo com ele, o referido estudo tem viés eleitoral e pretende antecipar o debate político para as eleições municipais de 2024. "Todo estudo, pesquisa ou levantamento que procura diagnosticar a realidade de Foz do Iguaçu é sempre bem vindo. O que falta, por vezes, é contextualizar os dados e o próprio processo histórico da cidade", afirmou.
"Misturar dados para justificar uma tese compromete qualquer estudo, torna-se uma análise rasa, pouco profunda e que serve somente de discurso eleitoral para protagonizar a eleição do ano que vem", opinou, após ressaltar que as desigualdades sociais de Foz vêm de longe e foram enfrentadas nos últimos sete anos com números e dados positivos tanto do ponto de vista econômico quanto social.
PIB E CENSO
Nilton Bobato usou dados do Ipardes e do PIB para contrapor as análises feitas pelo Observatório Social. "Em setembro agora, o Ipardes divulgou o Índice de Desempenho Municipal e Foz do Iguaçu cresceu mais de 11 pontos entre 2010 e 2021, saltando de 0,6503 para 0,7686, com avanço acentuado nos últimos anos, o que denota dos investimentos e melhorias em áreas como mobilidade urbana, educação, e esporte e lazer", lembrou.
A 59ª posição do ranking do PIB entre os 5.568 municípios brasileiros, segundo ele, é muito relevante. "Entre 2019 e 2020, Foz subiu sete posições, com PIB de R$ 15,7 bilhões para R$ 17,8 bilhões, a sexta maior economia do Paraná à frente de Ponta Grossa (62ª posição), Cascavel (80ª), Paranaguá (97ª), Guarapuava (159ª) e Colombo (227ª). No Paraná, à frente de Foz estão Curitiba (6ª posição), Londrina (47ª), São José dos Pinhais (46ª), Maringá (47ª) e Araucária (53ª). Foz do Iguaçu é ainda a maior economia entre as 57 cidades da região Oeste", pontuou, referindo-se, obviamente, à proporcionalidade economia x população.
No último censo, acrescentou Bobato, Foz do Iguaçu saltou para 285 mil habitantes, um aumento de 30 mil moradores, enquanto nos anos anteriores havia perdido justamente 30 mil moradores. "As pessoas voltaram a acreditar em Foz seja para morar, criar suas famílias e fazer investimentos", disse.
ECONOMIA AQUECIDA
Proporcionalmente, ainda segundo o secretário, Foz do Iguaçu é a cidade que mais criou empresas nos últimos anos e hoje tem 42 mil ativas, e criação dos MEIs (microempreendedores individuais) aumentou mais de 52%. "Hoje Foz do Iguaçu tem um saldo de mais de 63 mil empregos formais com carteira assinada, mais de 600 vagas abertas na agência do trabalhador e mutirões são feitos para preencher esses postos de trabalho abertos. Esses dados apontam a necessidade de enfrentar a informalidade que é grande e aumentar a renda de quem está trabalhando", disse. "Foz do Iguaçu está em um novo ciclo de desenvolvimento e em ascensão", finalizou.