Acir Gurgacz se divide entre Cascavel, Brasília e Ji-Paraná
Primeiro e único político nascido na Capital do Oeste do Paraná a virar senador da República, o cascavelense Acir Gurgacz, mesmo estando sem mandato desde o início deste ano, hoje tem uma agenda tão ou até mais intensa que a da época em que se dedicava exclusivamente à vida pública, na qual ingressou há 24 anos.
Há vários dias ele está em Cascavel, mas não como hóspede na casa dos pais Assis e Nair, tampouco dos irmãos Jaqueline e Assis Marcos. Acir acaba de inaugurar na cidade sua mais nova morada, na verdade um apartamento onde ele e a esposa Ana Maria irão ficar sempre que estiverem na cidade que deu origem e centraliza a maior parte das decisões relacionadas ao megagrupo empresarial da família Gurgacz, que ajuda a administrar.
"Estou voltando às origens, pois nasci aqui", disse ele em visita nesta sexta-feira (6) ao portal Alerta Paraná na companhia do pai. "Mas já vou avisando que meu título continua sendo de Rondônia", acrescentou ele, que preside o PDT daquele Estado e tem sido procurado por grupos políticos interessados em que volte a se candidatar a senador em 2026. "É bem possível que isso aconteça", acrescentou.
TRÊS MORADAS
Mas Cascavel é apenas um de três endereços hoje mantidos por Acir Gurgacz. Sua morada principal e domicílio continua sendo Ji-Paraná, cidade de Rondônia da qual foi prefeito eleito com nada menos que 70% dos votos válidos registrados nas eleições de 2000.
Presidente atual da Anatrip (Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros), ele disse que também permanece em torno de uma semana por mês em Brasília, onde defende os interesses não só desse importante setor da economia nacional, mas também dos municípios de Rondônia, aos quais continua prestando ajuda mesmo sem mandato.
POLÍTICA NA VEIA
Como ex-senador por dois mandatos, Acir Gurgacz continua fazendo política. "Hoje cedo mesmo conversei com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a PEC Proposta de Emenda Constitucional que limita as decisões monocráticas dos tribunais superiores e limita em 15 anos o mandato dos ministros do STF", revelou.
"Acho a ideia muito válida, mas não como forma de retaliação aos atuais ministros do Supremo, longe disso. É válida, no meu ver, porque precisamos estar em constante transformação para melhor e essas mudanças que estão sendo propostas são frutos de um clamor popular, e dos mais diferentes segmentos", esclareceu.
Para Acir, é fundamental que se mantenha os poderes independentes entre si, mas para tanto é preciso criar mecanismos no sentido de impedir que um invada a seara do outro. "O Legislativo faz as leis, o Executivo executa e o Judiciário fiscaliza: isso tem que ser mantido, pois é o que diz a Constituição", ponderou. (Foto: Divulgação)