Quem nunca contou uma mentira, não é mesmo?
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
Em algumas ocasiões a mentira apresenta-se de forma inofensiva, inocente e até mesmo necessária. Exemplos: "Não estou em casa", "Vou ter que cancelar a consulta porque vou viajar", "Estou doente e preciso faltar no trabalho..."
Mesmo não sendo certo, se comportar dessa forma não chega a ser um problema grave. Porém, têm pessoas que mentem o tempo todo, inventando histórias mirabolantes e sem necessidade e mentindo para ter benefícios próprios, tornando esse hábito muito grave e perigoso. E pior: sem arrependimento algum!
Em casos nos quais a conduta de mentir é compulsiva e extrema, pode ser que a pessoa tenha mitomania, também chamada de "doença da mentira".
Veja a seguir algumas características próprias de um mentiroso compulsivo:
Possui o habito de mentir regularmente;
Não sente culpa ou medo do risco de ser descoberto;
Pode se comportar até de forma agressiva para confirmar a mentira;
Sempre usa do extremo;
Gosta de falar bem e se expressar rapidamente;
É a que mais conta detalhes do suposto ocorrido.
Agora, vamos a algumas consequências da doença da mentira:
Construção de um cenário baseada na irrealidade;
Perda da credibilidade no seu meio social (família, trabalho etc...)
Afastamento de familiares e amigos;
Depressão e ansiedade devido ao distanciamento das pessoas mais próximas.
O tratamento para esse transtorno psicológico é feito por meio de sessões de psicoterapia orientadas por um psicólogo, que leva o paciente a tomar consciência dos motivos que fazem com que ele minta compulsivamente e o ajuda a desenvolver habilidades para conseguir melhorar sua qualidade de vida. (Imagem: Reprodução)
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é especialista em Psicologia Familiar Sistêmica e perita Avaliadora de Trânsito, com formação em Psicologia Hospitalar e Orientação Vocacional e PNL - CRP-08/13639 - Contato (45) 99912-8788