PT está brincando com o fogo
A vingar a proposta elaborada pela equipe do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já avalizada pelas centrais sindicais e prestes a ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os trabalhadores sindicalizados irão pagar um preço alto por mobilizações salariais que, muitas vezes, pouco ou nada dão de retorno.
Até 2017, quando foi extinto como parte da reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Michel Temer - aquele a quem os deputados Anibelli Neto e Maria Victória propuseram ainda ontem (21) homenagear com o título de Cidadão Honorário do Paraná -, o referido imposto equivalia a um dia de trabalho por ano.
Agora, no entanto, com os sindicatos à míngua diante da descoberta da classe trabalhadora de que não é muito difícil viver sem eles, Ministério e Centrais Sindicais pré-definiram a contribuição em 1%, elevando a contribuição para até três dias e meio anuais de cada trabalhador.
E de nada vale a alegação de que a proposta sugere os filiados poderão definir o valor por meio de assembleia do próprio sindicato, pois isso não cola.
A sustentar tal proposta, é certo que o PT ficará conhecido como o partido do imposto do trabalhador e os sindicatos amargarão um esvaziamento considerável de seus colaboradores. (Foto: AGBR)